terça-feira, 6 de maio de 2008

Crónica

A revolução dos cravos
Em sentido técnico não passou de um discurso militar; de um contar de espingardas, como se dizia à época, esperando que o exercício bastasse, como em geral bastou, para excluir a violência. O povo veio depois festejar para a rua e celebrar a sua liberdade, correndo ou maltratando os milhares de tiranetes que o oprimiam ou ele julgava que o oprimiam. Era uma encenação que não tocou na realidade no pessoal do regime, na diplomacia e até na PIDE, que se escapuliu para reaparecer mais tarde e receber uma pensão do contribuinte. Tirando as leis que instituíram a democracia, o PREC ( Processo Revolucionário em Curso) não deixou uma única reforma necessária e durável. E com as suas pretensões socializantes, que persistiram até hoje, tornou uma sociedade menos forte e dependente do Estado.

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