quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Florbela Espanca

FLORBELA ESPANCA
1894-1930


Florbela Espanca nasceu no Alentejo, em Vila Viçosa, a 8 de Dezembro de 1894. Estudou em Évora, onde concluiu o curso dos liceus em 1917. Mais tarde vai estudar para Lisboa, frequentando a Faculdade de Direito. Colaborou no Notícias de Évora e, embora esporadicamente, na Seara Nova. Foi, com Irene Lisboa, percursora do movimento de emancipação da mulher. Com três casamentos falhados, assim como as desilusões amorosas em geral e a morte do irmão, Apeles Espanca (a quem a ligavam fortes laços afectivos), num acidente com o avião que tripulava sobre o rio Tejo, em 1927, marcaram profundamente a sua vida e obra.
Em Dezembro de 1930, agravados os problemas de saúde, sobretudo de ordem psicológica, Florbela morreu em Matosinhos. O seu suicídio foi socialmente manipulado e, oficialmente, apresentada como causa da morte, um «edema pulmonar». A sua Poesia é de uma imensa intensidade lírica e profundo erotismo. Cultivou exacerbadamente a paixão, com voz marcadamente feminina sem que alguns críticos não deixem de lhe encontrar, por isso mesmo, um "dom-joanismo no feminino". O sofrimento, a solidão, o desencanto, aliados a imensa ternura e a um desejo defelicidade e plenitude que só poderão ser alcançados no absoluto, no infinito, constituem a temática veiculada pela veemência passional da sua linguagem. Transbordando a convulsão interior da poetisa pela natureza, a paisagem da charneca alentejana está presente em muitas das suas imagens e poemas.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Aldeias

As aldeias sossegadas com seu aspecto calmo,

Com a brisa mais frescas que as manhãs de final de Março.

Ver a imagem fulgente na árvore...
Verde no verde das folhas novas.

As Crianças do campo com o adorável calor do dia

Brincam nas colinas azuladas

Alegram as paisagens ...
Mas cheias de murmúrios do que um ninho.


Nas noites ouvem-se barulhos dos grilos
misturando-se com o uivar dos cães
ouve-se o vento a bater nas árvores
No distante barulho dos moinhos.